A queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que conecta os estados do Maranhão e Tocantins pela BR-226, marcou o domingo, 22 de dezembro de 2024, como um dia trágico. O desabamento deixou duas pessoas mortas, identificadas como Alana, de 25 anos, e Marçon Gley Ferreira, de 42 anos, além de oito desaparecidos, incluindo duas crianças. Testemunhas captaram imagens do momento em que o vão central da ponte cedeu, causando a queda de três carretas, três motos e um carro de passeio no rio Tocantins.
As consequências imediatas
As equipes de resgate enfrentaram desafios para conduzir buscas devido à presença de um caminhão carregado com ácido sulfúrico entre os veículos que caíram. A Defesa Civil precisou suspender as operações momentaneamente e retomá-las com o uso exclusivo de botes, evitando assim mergulhadores na água por razões de segurança.

Os desaparecidos incluem motoristas das carretas e membros de uma família que estava no carro, dos quais apenas o homem foi resgatado com vida. A situação evidencia não apenas a gravidade do ocorrido, mas também a necessidade de medidas preventivas para evitar tragédias semelhantes.
Contexto e importância da ponte
Construída nos anos 1960, a ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira é parte vital do corredor rodoviário Belém-Brasília, conectando as cidades de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO). Com 533 metros de extensão, ela é essencial para o transporte de bens e pessoas entre as regiões Norte e Nordeste do país. No entanto, sinais de deterioração estrutural vinham sendo reportados há meses.

No sábado anterior ao desabamento, um morador publicou um vídeo alertando sobre o estado precário da estrutura, afirmando:
“Já pensou se essa ponte cai? Já pensou o estrago que faz?”
Infelizmente, o alerta se concretizou, destacando a falta de ação preventiva por parte das autoridades responsáveis.
Investigações e desvios necessários
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que o colapso do vão central causou o desabamento da ponte. As investigações ainda apuram as causas exatas, mas relatos sobre rachaduras e falta de manutenção apontam para negligência prolongada.
As autoridades interditaram completamente a ponte e implementaram rotas alternativas para os motoristas. As opções incluem vias secundárias em Darcinópolis (TO) e Luzinópolis (TO), além da BR-230/TO e BR-010/MA. Embora funcionais, esses desvios aumentam o tempo de viagem e podem impactar o fluxo econômico da região.
O papel da infraestrutura na prevenção
A tragédia evidencia a importância de investimentos constantes em infraestrutura. Pontes são elementos críticos na malha rodoviária brasileira e devem ser inspecionadas regularmente para garantir a segurança dos usuários. A negligência na manutenção de estruturas como a ponte Juscelino Kubitschek pode ter consequências devastadoras, tanto em termos humanos quanto econômicos.
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Os governos estadual e federal devem priorizar a reestruturação e manutenção de pontes e rodovias, especialmente em regiões cruciais para o transporte de carga. Além disso, sistemas de monitoramento e inspeções preventivas precisam ser reforçados para evitar que incidentes semelhantes ocorram novamente.
A queda da ponte entre Maranhão e Tocantins é um alerta para a fragilidade da infraestrutura brasileira. Este é um momento para refletir sobre a necessidade de melhorias urgentes, não apenas para prevenir novas tragédias, mas também para garantir a segurança de quem depende dessas estruturas diariamente.