Francisco Wanderley Luiz, conhecido como “Tiu França,” realizou diversas explosões em novembro de 2024, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Para executar o ataque, ele lançou artefatos explosivos improvisados, conhecidos como pipe bombs, contra a estátua da Justiça, uma obra que simboliza o poder judiciário brasileiro.
Além disso, os dispositivos eram feitos de forma caseira, utilizando fogos de artifício adaptados, o que evidenciava a improvisação nos materiais empregados. Antes de detonar um explosivo em seu próprio corpo, Luiz causou várias explosões no local.
Como resultado, houve pânico generalizado e uma mobilização imediata das equipes de segurança. A Polícia Militar do Distrito Federal desativou outros dispositivos encontrados, assegurando a segurança da região.
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Radicalização e Alerta nas Redes Sociais
Luiz, de 59 anos, demonstrava sinais de radicalização política há anos. Ele era ativo nas redes sociais, onde publicava mensagens ameaçadoras e participava de discursos polarizados. Nos dias que antecederam o ataque, ele intensificou essas postagens, mostrando intenções violentas.
Enquanto isso, seu irmão, Valdir Luiz, explicou que Francisco enfrentava dificuldades emocionais e pessoais, agravadas pela crescente polarização política no país. Essa combinação de fatores o levou a realizar o ataque, que chocou o Brasil e levantou preocupações sobre o impacto de discursos extremistas.
Histórico de comportamento preocupante
Francisco já havia se candidatado a vereador pelo PL em Rio do Sul (SC) em 2020. No entanto, sua carreira política não obteve sucesso. Em 2023, durante uma visita a Brasília, ele demonstrou comportamentos que levantaram suspeitas, apresentando sinais claros de instabilidade emocional.
Além disso, antes das explosões, Francisco incendiou um carro no estacionamento da Câmara dos Deputados. O veículo, que estava carregado com fogos de artifício, intensificou o impacto de suas ações e complicou a resposta das autoridades.
Investigações Lideradas pelo STF
A Polícia Federal e a Polícia Civil do DF conduzem a investigação do caso. Durante buscas realizadas na casa onde ele estava hospedado, em Ceilândia, as autoridades encontraram mais dispositivos artesanais. Até agora, os investigadores confirmam que Luiz agiu sozinho, sem vínculo com grupos organizados.
Por fim, o incidente ressalta os perigos crescentes do extremismo e da radicalização no Brasil. O STF, por meio do ministro Alexandre de Moraes, coordena apurações sobre ameaças e ataques contra instituições democráticas. Esse episódio reforça a necessidade de ações preventivas contra discursos que incentivem a violência e coloquem em risco a estabilidade do país.